A pedagogia numa Perspectiva de Educação Inclusiva
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
domingo, 27 de outubro de 2019
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Segue o link com o artigo sobre os desafios da Educação a Distância no Brasil
domingo, 7 de janeiro de 2018
sábado, 9 de julho de 2016
Participação e Protagonismo Compartilhado
Participação e Protagonismo Compartilhado
O homem é um ser dotado de capacidades, de interesses e vontades
próprios da sua evolução, levando em conta as peculiaridades do contexto em que
vive, assim este assume várias posturas que o torna protagonista do seu meio. Os
diferentes grupos, de diferentes sociedades tem seus líderes, que exercem seus
protagonismos e atitudes de superioridade em relação a outros grupos. Dessa forma
mulheres e crianças desde a Antiguidade ficaram a margem desses privilégios.
Assim, até a Idade Média a criança não tinha protagonismo algum,
sendo esta destituída de infância, cujo conceito era inexistente, assumindo assim após
seus 6 ou 7 anos o papel de um adulto em miniatura. Mesmo a infância ganhando
cenário após a modernidade, os pais, os professores ou seja a sociedade sempre
deixaram claro a autoridade que os adultos tinham ou tem sobre as crianças. No
Brasil mesmo com esses hábitos tendenciosos dos adultos de tirar a criança do seu
protagonismo a Constituição Federal de 1988, O Estatuto da Criança e do
Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases- Lei 9394/96 e demais dispositivos de
proteção à infância vem assegurar pelas lutas e interesses do mundo infantil nos
diferentes âmbitos da sociedade, desde a relação com os pais e no meio escolar.
É importante dizer que o protagonismo infantil não vem de forma
alguma tirar o protagonismo dos demais agentes da sociedade, mas vem ser um
protagonismo compartilhado como diz Gabriel Junqueira Filho, que o professor exerce
seu protagonismo ao ensinar e o aluno por sua vez assume o seu quando participa
expondo sua opinião, seu conhecimento.
Protagonismo e Participação Infantil
O termo protagonismo segundo Guerra, (2004) tem sua origem
etimológica, no idioma grego, cuja referência está na palavra protagonistés, que
significava, ator principal de uma peça teatral, ou seja aquele que tem lugar de
destaque em um acontecimento. Enquanto isso, a palavra participação está ligada
diretamente aos fatores políticos e sociais. Dessa forma é observável, que é nas
relações estabelecidas no ambiente escolar que servirão como espaços de atuação
da criança enquanto partícipe, envolvidas em ações coletivas exercendo dessa
maneira o seu protagonismo. Haja vista que ao longo da história, a infância tenha sido
segregada e jogada de escanteio nos envolvimentos nos processos organizacionais
da vida social.
Os ambientes intelectuais oferecidos às crianças pelas sociedades atuais são
pobres em recursos que as estimulem a pensar sobre o pensar, aprender a
falar sobre isto e testar suas ideias através da exteriorização das mesmas. O
acesso aos computadores pode mudar completamente esta situação. Até o
mais simples trabalho com a tartaruga pode abrir novas oportunidades para
tornar mais acurado nosso ato de pensar sobre o pensar: programar a
tartaruga começa com a reflexão sobre como nós fazemos o que gostaríamos
que ela fizesse; assim, ensiná-la a agir ou pensar pode levar-nos a refletir
sobre nossas próprias ações ou pensamentos" (PAPERT, 1980, p.45)
Sabe-se que as manifestações acerca do sobre protagonismo infantil
tem seu começo na América Latina, se sustentando das origens do protagonismo
popular, que se organiza em diversos grupos, que trabalham na luta por melhorias de
condições de vida. Nessa realidade Alejandro Cussiánovich, tem cuidado e assistido
diferentes e práticas de participação protagonista infantil, levando em conta a
dignidade, a iniciativa, o poder, a excelência, reconhecendo a aceitação, e os
conceitos associados ao exercício do protagonismo infantil.
A instituição de educação infantil deve estar organizada de forma a favorecer
e valorizar essa autonomia da criança. Para isso, os ambientes e os materiais
devem estar dispostos de forma que as crianças possam fazer escolhas,
desenvolvendo atividades individualmente, em pequenos grupos ou em um
grupo maior. As professoras devem atuar de maneira a incentivar essa busca
de autonomia, sem deixar de estar atentas para interagir e apoiar as crianças
nesse processo. (MEC/SEB, 2009, p. 50)
Existindo assim, práticas sociais consolidadas, que age na promoção
de ações que negam as capacidades e atitudes das crianças. Entendendo que a
criança é um ser que tem autonomia, sendo capaz de agir em decisões e atividades
importantes e diante disto é interessante questionar se será que as ações sociais na
atualidade cooperam para que as crianças se afirmem como seres participativos no
contexto social?
Em primeiro lugar, pensar o espaço também como gerado da experiência
representa o sinal de uma atenção de escuta das necessidades das crianças
que antecipa – e, no entanto, apoia – o cuidado da relação e da interação do
adulto com as crianças dentro do contexto educacional. (Fortunatti, 2009, p.
61)
Por conseguinte, o protagonismo se configura responsabilizar-se pela
contribuição e construção conjunta, com o objetivo de considerar como eixo de união,
de compromisso, não concordando com nenhuma forma de separação ou dispersão.
Implicando na interação da criança com o seu ambiente e com os outros. Não se
tratando de um eu protagonista, mas de um nós, que é o protagonismo, tem que sido
fecundado no desenvolvimento do protagonismo dos demais.
Quando se trata de compreender o protagonismo, é necessário destacar que
os espaços coletivos onde ocorrem as negociações e trocas são
eminentemente simbólicos e culturais. A cultura organiza a operação
simbólica humana, emprestando significado às ações e aos estados
emocionais, relacionando-os a sistemas interpretativos mais gerais que são
compartilhados por grupos de pessoas. É a participação nesses sistemas
semióticos que proporciona a possibilidade da criação de inúmeras
configurações simbólicas que acabam por terem a capacidade de se
tornarem modos de vida e de permearem as relações intergeracionais.
(AGELIS, 1997, p.82-83)
É indiscutível que o paradigma do protagonismo tem se desenvolvido de
maneira, que sua atuação pode ver-se moldada nos próprios conceitos de crianças e
adolescentes, que se configuraram estes termos e definições que são construídas
sobre a participação.
O ser humano se constitui na relação com o outro. A interação social
é um processo que associa as dimensões cognitiva e afetiva. Interagindo, as
crianças não apenas apreendem e se formam: ao mesmo tempo, criam e
transformam – o que as torna constituídas na cultura e suas produtoras. Essa
concepção implica percebê-las como sujeitos ativos que participam e
intervêm na realidade ao seu redor. Suas ações são suas maneiras de
reelaborar e recriar o mundo. Aos adultos cabe a importante função de
mediação. (MOTTA, 2011, p.
O protagonismo da criança se resume, em uma participação efetiva
que é protagonizada é alcançada na formação de parte de grupos ativos, onde estes
expressam ideias e tomam decisões, englobando as opiniões de crianças,
adolescentes e adultos. Isso revela a criança não como um simples espectador, mas
como atores do próprio futuro, que são reconhecidos e respeitados como líderes e
propondo estratégias para uma maior participação de todos e todas. Isso significa
também um comprometimento com a realidade, exercendo um papel multiplicador na
promoção e participação do restante da sociedade. E indubitavelmente a participação
é um dos eixos relevante na promoção do protagonismo da infância e destacando da
participação que reconhece a infância nas suas diferentes capacidades e
possibilidades percebendo, interpretando, analisando, questionando, propondo e
agindo em seu ambiente social, comunitário e familiar.
Se considerarmos a participação enquanto processo de interacção social
confluente na criação de espaços colectivos, teremos também que considerar
que as competências de participação das crianças estão indelevelmente
ligadas – ora constrangidas, ora estimuladas –, pelas relações pessoais que
estabelecem com os outros – família, amigos, comunidade, etc. – e pelas
estruturas socioeconómicas e culturais: serviços educativos e sociais,
estruturas políticas e outras, dos seus mundos sociais e culturais.
(SARMENTO; TOMÁS, 2007, p. 190)
Por meio do estudo das relações sociais e interações dialógicas, fica
presumível entender que as situações de liberdade e responsabilidade que cada
sujeito pode atingir em certos contextos culturalmente constituídos. No que diz
respeito a promoção da autonomia e da atuação infantil, nesse sentido é importante
que se analise a regulagem das condutas sociais por princípios que favoreçam a
competições e o individualismo frente às possibilidades de ações de protagonismos
por parte das crianças em direção oposta a esses valores. Fica entendido que o
referido protagonismo vem exigindo uma estruturação cooperativa e colaborativa
entre adultos e crianças, visando uma transformação ou mudança criativa dos
aspectos socioculturais que se espera superar.
Como a criança vem ganhando seu espaço em passos lentos, o
protagonismo infantil vem aos poucos conquistando seu cenário e nas novas
configurações, sobretudo nas relações entre professor, aluno e conhecimento, ficando
assim todas essas relações produzidas a partir das diferentes possibilidades e
maneiras que cada um dos sujeitos da relação ver o outro. Nesse sentido, tanto o
educador quanto o aluno, são simultaneamente semelhantes e diferentes na relação
com o conhecimento, como, como nos modos de conversar, de desenhar, de comer,
de brincar, de ouvir e contar histórias, de jogar jogos regrados, de lidar com a própria
higiene, de conviver com as regras e combinados do grupo e da escola, de aprender,
de compreender.
Nesse sentido, é por meio dessas muitas diferenças e semelhanças
das crianças entre elas e entre professores que se constrói a ideia de protagonismo
compartilhado pois, Seja toda e qualquer forma de seleção prévia, as situações de
ensinos são sempre confrontadas com os grupo heterogêneos. No processo de ensino
pode ser ignorado ou reconhecido as diferenças, sancionando ou tentando
neutralizá‐ las. E a construção do sucesso ou insucesso se dá por meio das
diferentes relações e avaliações que são partes da construção de identidades durante
a trajetória escolar.
Concebendo desta forma que é por meio da percepção das
diferenças e semelhanças que se estrutura as relações pedagógicas, principalmente
no que é praticado pelo docente em relação aos alunos e o que este profissional da
educação faz para que aconteça nas relações entre as crianças relações entre as
crianças e professor. E na educação infantil, estas estão tendo suas primeiras
experiências com o mundo, com os diferentes conhecimentos, culturas, e conhecendo
sobre si, sobre os outros e sobre o mundo.
Em suma, é preciso que o professor esteja atento e tenha
sensibilidade para ouvir e entender as várias linguagens, símbolos e códigos que as
crianças utilizam para se expressar, levando em consideração outras condições
significativas que é a participação das famílias que vão dar suporte aos projetos e
reflexões acerca das experiências.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da
Qualidade na Educação Infantil / Ministério da Educação/Secretaria da Educação
Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009.
Caderno AGELIS / Associação dos Consultores Legislativos e de Orçamento e
Fiscalização Financeira da Câmara de Deputados – v. 1, n.1 (jan./abr.1997) -
Brasília: AGELIS, 1997.v.
FORTUNATI, Aldo. A educação infantil como projeto da comunidade: crianças,
educadores e pais nos novos serviços para a infância e a família: a experiência de
San Miniato. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MOTTA, Flávia Miller Naethe / Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.1, 220p.
157-173, jan./abr. 2011.
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: Repensando a Escola na era da
informática, Porto Alegre: Artes Médicas,1980.
SARMENTO, Manuel Jacinto; FERNANDES, Natália; TOMÁS, Catarina. Políticas
Públicas e Participação infantil. Educação, Sociedade e Culturas, n.25, 183-206,
2007.
terça-feira, 15 de março de 2016
Temáticas da Contemporaneidade e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação
Temáticas da
Contemporaneidade e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação
É de grande importância que
o pedagogo tenha conhecimento dos diferentes temas da contemporaneidade e o uso
das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula. Destacando por
meio de informações as diferentes concepções a respeito dos problemas sociais causados
pela diversidade, como são geradas e combatidas as diferenças que, por
consequência, são originados os mais diversos preconceitos, desigualdades e
conflitos sociais.
Certamente, compreenderá o
conceito do uso das tecnologias na escola e as diferentes estratégias para
desenvolver uma educação de qualidade para todos, com a função de olhar todos
com igualdade, respeitando as diferenças, dos problemas de acessibilidade
enfrentados pelas pessoas com deficiência e que é possível por em prática o que
documenta o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Em suma é necessário que se
reconheça a necessidade e o quanto é essencial a inclusão como uma forma de
democratizar as relações sociais, principalmente na emancipação e na sutil
forma de tratamento com o outro, seja nas relações com os iguais ou entre
pessoas iguais e diferentes. Lembrando que iguais e diferentes são apenas concepções
criadas para diferenciar pessoas ou grupos sociais que, de alguma forma, ainda
não foram aceitas no contexto social.
O uso das tecnologias na escola: contra ou a
favor?
É bem visível, a intensa presença de tecnologias no
cotidiano da juventude, pode-se dizer uma geração nativa do mundo virtual, mas
esse novo aluno no decorrer dos seus estudos tem provocado grandes impactos na
escola. Haja vista, que muitos docentes não estão preparados para ensinar nesse
novo contexto, com isso novos desafios são lançados aos professores e a escola,
se sabem ou não usar os novos recursos tecnológicos a favor de um bom ensino. É
válido lembrar que diante de tanta modernidade existem sempre aqueles que não
se adequam ao mundo de tendências da cibercultura e o uso das TIC no ambiente
educativo. Em contrapartida já é perceptível os novos educadores que montam as
suas estratégias de ensino pautado na funcionalidade, nos softwares educativos
que os alunos desenvolvem as atividades no computador, no smatphone ou tablet.
Segundo dados do IBGE, no ano de
2005 somente 35,7% dos estudantes tinham acesso à internet e hoje são 72,6%. O
contato com computadores e celulares no ambiente escolar brasileiro tem se
ampliado nos últimos anos. Os avanços das tecnologias da informação e da
comunicação está diversificando as maneiras de ensinar e aprender. Através de
Jogos, conteúdos colaborativos e redes sociais educativas começam a se instalar
nas salas de aula. Nos próximos anos, a transformação deve propagar de tal
forma que o giz e o quadro negro serão consideradas peças de museu. Testes
realizados por meio de SMS, softwares sofisticados, em especial para tablets e
smartphones, e aplicativos capazes de organizar as informações de acordo com as
características do estudante serão a regra nas escolas brasileiras.
É evidente que somente recursos tecnológicos e material didático
atraente não significa a qualidade no ensino. Vale ressaltar que a mudança passa
por transformações na maneira de agir, pensar e gerir a educação e as escolas. A nova que surge é a tendência da elaboração
conjunta de conhecimento. O que muitos não concordam que a internet, tem
facilitado o acesso a diferentes conteúdos, resulta na troca e a produção de
informação e saber.
A diversidade e o preconceito na escola.
Como se sabe a escola é um ambiente de diversidades,
onde se convive com as mais variadas formas de ser e pensar, por isso surge
nesse mundo o preconceito, onde muitas vezes parte do professor, ao julgar o
seu aluno, pela cor, cabelo, classe social e opção sexual ao dizer logo na
primeira aula que este não vai ser aprovado ou que vai dar muito trabalho para
aprender. Com esse comportamento do docente o aluno também não é diferente, ao
se deparar com pessoas que são deficientes ou negras, surgem uma série de
dificuldades nascendo aí o preconceito. Mas podemos refletir: como viver melhor
em sociedade? O preconceito é legal?
É
necessário ensinar o respeito que se deve ter com as diferenças dos colegas no
ambiente escolar e essa forma de ensino deve ser aplicado desde a educação
infantil. Vale ressaltar a importância de explicar a complexidade do termo preconceito,
levando em conta, que este se trata de um ato pensado, elaborado e praticado
não só por pessoas adultas, mas também entre as crianças, visto que nem as
mesmas estão imunes das diferentes formas de discriminação. Sendo assim, é de
extrema importância que seja eliminado o preconceito desde os primeiros anos da
Educação Infantil.
Educação
inclusiva: a escola e a acessibilidade.
Como se
sabe ao longo da história as pessoas com deficiências ficaram privadas dos seus
direitos e foram sendo conquistados com muitas lutas e hoje tem-se o direito da
Educação inclusiva que é uma realidade muito debatida entre professores e
estudantes das diferentes licenciaturas, isto porque ainda é um grande desafio
para o educador enfrenta no dia a dia, mesmo aqueles com experiência na área, a
preparação ao montar as estratégias de ensino é contínua, pois a escola deve
ter todo um cuidado para que todos os alunos possam aprender no mesmo ambiente
de ensino.
Para que a inclusão
aconteça de verdade e garanta uma aprendizagem para todos os alunos na escola
regular é preciso fortalecer a formação dos professores e construir uma boa
rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e
profissionais de saúde que atendem a todas as crianças com as suas diferenças.
Indubitavelmente o apoio para com os valores
e a diversidade existente entre as crianças devem começar na própria escola, na
equipe e na gestão escolar. A direção e a coordenação pedagógica devem
organizar momentos para que os professores possam manifestar suas dúvidas e
angústias de como ensinar em meio a tantas diferenças. Ao legitimar as
necessidades dos docentes, a equipe gestora pode organizar espaços para o
acompanhamento dos alunos; compartilhar entre a equipe os relatos das condições
de aprendizagens, das situações da sala de aula e discutir estratégias ou
possibilidades para o enfrentamento dos desafios.
ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente): um sonho ainda a ser concretizado no espaço
escolar
Sancionado em 13 de julho de 1990, o ECA é a
regulamentação dos artigos 227 e 228 da Constituição que estabelece como
"dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária". Diante disto, é necessário se
perguntar: o estatuto da criança e do adolescente é posto em prática na escola
ou ainda é uma utopia?
É interessante salientar que a escola pública,
não deveria recepcionar apenas as crianças, mas, sempre que possível, acolher
os pais não só para chamar atenção ao desempenho escolar dos filhos, mas afim
de estabelecer uma verdadeira parceria com a família com o intuito de um maior
aprendizado. Seria preciso que a escola valorizasse o processo educativo que os
pais iniciaram, acrescendo-o dos elementos próprios à educação formal. O que se
compreende é que a escola ou os professores tem um conhecimento limitado acerca
do estatuto da criança e do adolescente, atribuindo o na maioria das vezes como
facilitador da conduta desregrada e indisciplinada. Mas será esta a finalidade
do ECA?
A
escola de fato cumpriria com sua responsabilidade pondo em prática as
finalidades do Estatuto da Criança e do Adolescente se as políticas públicas de
educação fossem organizadas, buscando dar privilégios para os mais pobres, a
fim de que os mesmos possam gozar dos espaços escolares, que propiciem o desenvolvimento
nas mais diversas áreas, como de arte, música, esporte e informática,
respeitando-se os diferentes tempos de vida, da infância e da adolescência, da
juventude e do mundo adulto.
O Pedagogo e As práticas Inclusivas
As Contribuições de
Diferentes Disciplinas para os Desafios do Pedagogo Escolar na Construção de
Uma Escola Inclusiva
Sabendo
da importância das escolas de educação inclusiva para a sociedade, o presente
trabalho tem o objetivo, de falar sobre diferentes conhecimentos que
contribuem de forma significativa com intuito de preparar o pedagogo para
enfrentar os desafios na construção de uma escola inclusiva, a começar pelo
auxílio da disciplina Pedagogia em Espaços Escolares e Não Escolares, que
aponta a inclusão para além das deficiências e a educação para além dos muros
da escola, e a partir de todas as diferenças e peculiaridades socioculturais
existentes no contexto escolar.
Assim,
o ensino de Tecnologias em Educação, envolve uma fundamentação teórica acerca
das tecnologias aplicadas no processo ensino-aprendizagem, por meio de
questionamentos, como também da escolha de recursos que facilitam a integração
e aprendizagem dos alunos por meio dos recursos tecnológicos, dessa forma o
estudo sobre Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais proporciona uma
reflexão e também propicia conhecimentos sobre a educação especial e práticas
inclusivas. Por conseguinte a disciplina cidadania e diversidade: relações
étnicas raciais explica a inclusão numa perspectiva cultural de inclusão social
e educacional, considerando a diversidade e a pluralidade humanas e a educação
intercultural.
Vale
ressaltar a relevância que o pedagogo tem para o desenvolvimento das práticas
inclusivas no contexto escolar e não escolar e por isso este precisa ter um
conhecimento amplo, teórico e sistemático dos aspectos observados numa visão
inclusiva nas escolas, afim de construir e trabalhar também as informações
contidas no projeto político pedagógico o e de por em prática o que orientam as
adaptações curriculares nacionais para educação básica.
Nesse
sentido, a percepção crítica de vontade e interesse da equipe pedagógica, bem
como dos professores se faz necessário para corrigir o que está faltando para
tornar a escola um ambiente integrador e de inserção social. Isto é fundamental
para que a escola assuma uma postura de fato democrática.
As contribuições de Diferentes Disciplinas para
os Desafios Enfrentados pelo Pedagogo
Escolar na Construção de Uma Escola Inclusiva
O
processo de inclusão nas escolas regulares de ensino tem sido estudado e
oferecido nos cursos de formação de professores e nos cursos de pedagogia e
licenciaturas, porém este ainda é um assunto novo que gera uma série de
questionamentos, pois como se sabe o professor, bem como o pedagogo necessitam
de um conhecimento amplo e científico para que tenham uma prática profissional
bem fundamentada, por isso a disciplina Pedagogia em Espaços Escolares e Não
Escolares traz grandes contribuições para que o Pedagogo Escolar enfrente os
diferentes desafios na construção de uma escola inclusiva, uma vez que a mesma
aponta a necessidade de ampliar o conceito de inclusão educacional.
Dessa forma, a formação docente no Curso de Pedagogia no Brasil possui o
importante papel de formar os Pedagogos para atuarem com a diversidade cultural
presente no contexto brasileiro. Para que o Pedagogo esteja preparado para
considerar a diversidade cultural presente no determinado contexto regional e
re-elaborar os currículos em base a uma orientação traçada a partir da
diversidade cultural presente no contexto local. Enquanto que, a educação
escolar, possibilita a preservação da diversidade cultural e a sala de aula é o
lugar onde os estudos sobre as diferentes culturas, podem fazer a diferença,
para educar o ser humano para conviver com a diversidade e superar a
discriminação. Por isso, a formação intercultural nos cursos de Pedagogia tem e
terá, nesta perspectiva, um papel central para criar condições para o encontro
e o diálogo de culturas, como complementação benéfica para todos, superando a
hierarquização e a valorização unilateral. (KADLUBITSKI; JUNQUEIRA, 2009, p.
322)
Dessa
forma, o conceito de inclusão se torna mais abrangente, quando se engloba
juntos alunos que apresentam algum tipo de necessidade especial e aqueles que
de certa forma, ficam a margem da sociedade, por apresentarem baixo rendimento
escolar, terem o nome no quadro de reprovação e evasão. Sendo assim, cabe ao
pedagogo buscar forma de despertar nos demais profissionais da escola a
importância de se valorizar e aceitar a contribuição de cada pessoa, para
realização do trabalho coletivo nos espaços educacionais.
A escola é a instituição responsável pela passagem da vida familiar da
criança para o domínio público, ou seja, o conhecimento nela produzido deve ser
revestido de valores morais, éticos, políticos e mesmo que exerça um papel mais
liberal através de sua gestão, ela não deixa de expressar sua função social
independente de ser uma escola comum ou especial. (GOMES, 2008, P. 5)
É
importante salientar, que os diferentes significados que são apresentados numa
observação de uma cultura para a outra, deixa implícitas várias situações
ligadas ao racismo, preconceito, discriminação, fracasso escolar, reprovação,
classificação, disciplina, comportamento e violência.
A
disciplina Educação e Tecnologias traz no seu conteúdo orientações acerca das várias
possibilidades por meio dos recursos tecnológicos, bem como do mundo virtual
para que o pedagogo desenvolva as práticas de inclusão voltadas para o
desenvolvimento cognitivo e social dos alunos, uma vez que o uso das TIC nas
escolas permite que o aluno não só tenha acesso a ambientes virtuais, mas que
saiba utiliza-los como fonte de produção de conhecimento, Martorelli (2014,
p.101),
Por “cultura pedagógica” referimo-nos aqui às práticas cotidianas que
regulam a dinâmica da sala de aula e o próprio modo de viver o ensino e a
aprendizagem. Ponto importante é percebermos que estas novas ferramentas
tecnológicas que constituem a “sociedade da informação” não devem ser vistas
como meros meios que trabalham para tornar mais ágil o fluxo de dados já prontos.
De forma muito mais interessante, elas podem ser percebidas como trazendo
consigo possibilidades de interação, de diálogo e da própria construção de uma
voz por parte do educando, à medida que este comece a criar narrativas mais
próprias, mais autorais.
Diante
disto, é importante que o pedagogo tenha conhecimento de como usar diferentes
recursos tecnológicos e também de softwares que sejam educativos e que o mesmo
saiba encontrar estratégias de ensino, que possa envolver todos os alunos,
principalmente possibilitar que os alunos com necessidades educacionais
especiais, estudem e aprendem junto com os demais educandos. Assim, esta
possibilita que o pedagogo entenda que as tecnologias sempre acompanhou o
desenvolvimento humano e por isso não faz sentido a escola não acompanhar o
desenvolvimento cibernético que ocorre a cada dia.
Se faz necessário que os profissionais da
educação, bem como o pedagogo saibam ler e entender os conteúdos virtuais e que
saibam inter-relacioná-los entre si, que sejam capazes de refletir a nossa
cultura e com isso sejam mediadores numa construção para um mundo melhor e mais
humano. Que os pedagogos em conjunto com os professores, devem saber incorporar
o uso das tecnologias numa dimensão sociocultural.
Sabendo
que o pedagogo é uma peça chave no ambiente escolar, que este precisa conhecer
e ter base teórica, o ensino de Educação Inclusiva e Língua Brasileira de
Sinais dá um norte a este profissional da educação, para que seja desenvolvido
o trabalho de inclusão da melhor forma possível. Conhecendo os aspectos
históricos e noções básicas sobre as deficiências Intelectual, Visual e
auditiva, como também acerca do processo de aprendizagem num ambiente
inclusivo, sobre cidadania e direitos humanos, Integração e políticas públicas
para a inclusão na escola.
Nessa
cadeira do curso de pedagogia, o futuro pedagogo encontra suporte básico e
necessário, afim de conhecer e se preparar para os vários desafios que surgirão
ao longo da sua carreira de educador, pois a carreira na área pedagógica é desafiadora,
podendo encontrar entraves pelo meio do caminho que poderão dificultar as boas
ideias.
Os
conhecimentos de Educação, Cidadania e Diversidade: Relações étnico-raciais é
de grande valia para o pedagogo uma vez que esta tem a finalidade de orientar
acerca da inclusão para além das deficiências, e o quanto é desafiador incluir,
que seja trabalhado com atenção as diferenças existentes em sala de aula, para
que seja orientado aos professores que não se pode atribuir juízo de valor aos
alunos, julga-los pelas características físicas e até comportamentais que não
medem a capacidade que os mesmos possuem.
É
importante que os profissionais da educação entendam o quanto é importante a
diversidade existente na espécie humana. O quanto as diferenças de ideias são
fundamentais porque cada realidade ganha significados diferentes de acordo com
o olhar de quem ver. O pedagogo deve ter seu olhar pedagógico aguçado, que este
observe as crianças como futuros cidadãos.
É
imensurável a representatividade da educação para a sociedade e as
transformações que ocorrem na vida de uma pessoa em detrimento desta, então o
pedagogo é deve ser uma agente de integração dos alunos e dos demais
profissionais, com toda a comunidade escolar, formando assim entre todos a
consciência do quanto a participação daqueles que fazem parte da realidade dos
alunos faz grande diferença na construção de uma escola democrática.
Ter na formação superior
disciplinas que contemplem as práticas inclusivas é de grande relevância para a
vida profissional do pedagogo, haja vista que esses conhecimentos só ampliam a
visão que se tem de inclusão no ambiente educacional. Sabe-se que lidar com as
diferenças existentes em sala de aula nunca foram fáceis, porque se fala muito
em incluir mas o que se ver é um prática que pouco acontece, ainda nos locais
onde se trabalha com essa responsabilidade inclusiva, esta ainda se arrasta
para se estabilizar, sempre surgem diariamente inúmeros desafios, por que são
inúmeras diferenças, de sexo, raça, estilo, classe social, gosto musical e
muitos outros.
Ter os conceitos básicos e
bem fundamentados é necessário que o pedagogo saiba desenvolver práticas
educativas sempre fazendo uso das novas tecnologias em favor de aulas
significativas, e não fugindo das adaptações curriculares.
Enfim a construção de uma
escola inclusiva deve de fato acontecer por meio dos novos pedagogos que estão
se formando colocarem em prática o que a universidade e ensina e a partir
desses conhecimentos este profissional e em busca de outros que ampliem os
conceitos e a visão que se tem de agregar, de envolver todos no ensino e
aprendizagem.
GOMES, Ana Lúcia Mazeto. INCLUSÃO SOCIAL E EDUCACIONAL: REALIDADES X PERSPECTIVAS. Califórnia, 2008.
KADLUBITSKI, Lidia;JUNQUEIRA, Sergio. DIVERSIDADE CULTURAL NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO. VIDYA, v. 30, n. 1, p. 25-41, jan./jun., 2010 - Santa Maria, 2010.
MARTORELLI, Bárbara Cristina Paulucci Cordeiro. O
USO DAS TECNOLOGIA NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA. Revista EDUC-Faculdade Duque
de Caxias. Vol.01-Nº2/Jul/Dez 2014.
Assinar:
Postagens (Atom)